Se você foi recentemente demitido e está preocupado com a continuidade do seu plano de saúde após demissão, este artigo é para você.
A continuidade do plano de saúde após a demissão está regulamentada por uma série de leis e normativas que visam proteger os trabalhadores e assegurar que eles não fiquem desamparados. No entanto, o processo e as condições para manter o plano podem variar dependendo de fatores como o tipo de demissão e a forma como o plano foi financiado. Aqui, abordaremos de maneira detalhada o que você deve saber. Continue a leitura e saiba mais!
Entendendo o direito à continuidade do plano de saúde após demissão

A legislação brasileira prevê que o trabalhador tem o direito de continuar com o plano de saúde após demissão, desde que algumas condições sejam atendidas.
Esse direito está previsto na Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98) e regulamentado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por meio da Resolução Normativa nº 279/2011.
Quem tem direito a continuar com o plano de saúde?
O direito à continuidade do plano de saúde é garantido somente em casos de demissão sem justa causa. Se o trabalhador foi demitido por justa causa ou pediu demissão voluntariamente, ele não terá esse direito. Além disso, a continuidade do plano de saúde só é aplicável para trabalhadores que contribuíam com parte do pagamento do plano enquanto estavam empregados.
Se a empresa arcava com todos os custos do plano de saúde, o ex-funcionário não terá o direito automático de continuar com a cobertura. Nesse caso, a única alternativa seria realizar a portabilidade para um novo plano de saúde, que será discutida mais adiante.
Como funciona a permanência no plano de saúde?

Após a demissão sem justa causa, o ex-funcionário pode manter o plano de saúde por um período que varia de acordo com o tempo de serviço na empresa. De maneira geral, o prazo de permanência é de um terço do tempo trabalhado, limitado a um mínimo de 6 meses e um máximo de 2 anos.
Por exemplo, se o funcionário trabalhou na empresa por 3 anos, ele pode manter o plano por 1 ano. Se trabalhou por 15 anos, o máximo será de 2 anos, mesmo que um terço do tempo trabalhado ultrapasse esse período.
Como arcar com os custos do plano de saúde?

Ao optar por continuar com o plano de saúde da empresa após a demissão, o ex-funcionário deve assumir o pagamento integral do plano. O custo, que anteriormente era dividido entre empregado e empregador, passa a ser totalmente responsabilidade do ex-empregado.
Esse custo pode ser consideravelmente mais alto do que o valor que o trabalhador pagava anteriormente, pois a empresa pode ter negociado taxas mais vantajosas com a operadora de saúde.
É importante que o ex-funcionário esteja ciente de que o pagamento deve ser feito diretamente à operadora de saúde ou à empresa, conforme estabelecido no contrato. Falhar em cumprir com os pagamentos pode resultar na perda da cobertura.
Portabilidade de plano de saúde: uma alternativa viável

Se o ex-funcionário não tiver direito de continuar com o plano de saúde da empresa, ou se optar por não manter a cobertura, a portabilidade é uma alternativa. A portabilidade permite que o trabalhador migre para um novo plano de saúde sem ter que cumprir novos períodos de carência, desde que atendidos certos requisitos.
Como fazer a portabilidade?
Para realizar a portabilidade, o trabalhador deve entrar em contato com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e seguir os procedimentos estabelecidos.
O prazo para solicitar a portabilidade é de 60 dias após o desligamento do plano de saúde antigo. Durante esse período, é essencial reunir toda a documentação necessária e escolher um novo plano de saúde que atenda às suas necessidades.
A portabilidade é uma excelente opção para garantir a continuidade do tratamento e a cobertura sem enfrentar novos períodos de carência. Isso é especialmente importante para aqueles que possuem condições de saúde pré-existentes e não podem esperar por novos períodos de carência para iniciar o tratamento.
Quais são os requisitos para a portabilidade?
Para ser elegível à portabilidade, o ex-empregado deve ter cumprido o período de carência do plano antigo e estar em situação regular com os pagamentos. Além disso, o novo plano deve ser contratado dentro do prazo estipulado de 60 dias após o desligamento.
A portabilidade também pode ser solicitada se o trabalhador não tiver contribuído com parte do plano de saúde anteriormente, mas ainda terá que cumprir com outros critérios estabelecidos pela ANS.
O que fazer se seus direitos não forem respeitados?

Infelizmente, há casos em que o ex-funcionário enfrenta dificuldades para manter o plano de saúde ou realizar a portabilidade.
Se a empresa não informar corretamente sobre os direitos relacionados ao plano de saúde ou se a operadora de saúde não respeitar os termos acordados, o trabalhador tem o direito de buscar soluções.
Quais são as opções legais?
Se você encontrar problemas para manter seu plano de saúde ou realizar a portabilidade, você pode procurar ajuda de um advogado especializado em direito do trabalhador.
Também é possível registrar reclamações junto ao sindicato da sua categoria, ao Ministério do Trabalho ou até mesmo à ANS.
Em última instância, a via judicial pode ser uma solução para garantir que seus direitos sejam respeitados.
Conclusão

Garantir a continuidade do plano de saúde após a demissão é um direito importante que pode ajudar a manter a segurança e o bem-estar da sua família. Entender as regras e procedimentos envolvidos, como a permanência no plano e a portabilidade, é crucial para tomar decisões informadas.
Se você foi demitido e tem dúvidas sobre o plano de saúde após demissão, não hesite em buscar orientação jurídica para assegurar que seus direitos sejam plenamente respeitados.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é necessário para continuar com o plano de saúde após a demissão?
Para continuar com o plano de saúde após a demissão, é necessário que a demissão tenha sido sem justa causa e que o trabalhador tenha contribuído com parte do pagamento do plano de saúde enquanto estava empregado. O ex-empregado deve assumir o pagamento integral do plano e informar seu interesse à empresa dentro de 30 dias após a demissão.
Por quanto tempo posso continuar com o plano de saúde após a demissão?
O período durante o qual você pode manter o plano de saúde após a demissão é de um terço do tempo em que trabalhou na empresa, com um mínimo de 6 meses e um máximo de 2 anos. Por exemplo, se trabalhou 3 anos na empresa, você pode manter o plano por 1 ano.
O que fazer se a empresa não informar sobre o direito de continuar com o plano de saúde?
Se a empresa não informar sobre seu direito de continuar com o plano de saúde, você deve buscar essa informação proativamente. Caso não receba a orientação adequada, procure um advogado especializado em direito do trabalhador ou entre em contato com o sindicato da sua categoria para obter orientação e apoio.
Como posso realizar a portabilidade do plano de saúde?
Para realizar a portabilidade, você deve entrar em contato com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e seguir os procedimentos estabelecidos. A solicitação de portabilidade deve ser feita dentro de 60 dias após o desligamento do plano de saúde antigo. A portabilidade permite que você migre para um novo plano sem ter que cumprir novos períodos de carência.
O que fazer se eu conseguir um novo emprego enquanto ainda estou utilizando o plano da empresa antiga?
Se você conseguir um novo emprego e o novo empregador oferece um plano de saúde, você perderá o direito de continuar com o plano de saúde da empresa anterior. Nesse caso, você deverá fazer a portabilidade para um novo plano ou iniciar a utilização do plano de saúde oferecido pelo novo empregador.
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